Poéticas Urbanas foi contemplado como projeto especial apoiado pelo Fundo de Arte e Cultura da Sec. de Cultura do GDF e prevê: oficinas gratuitas de poesia falada nos bairros do Distrito Federal; publicação do livro Entreaberta composto por textos do blog de Patrícia Del Rey; e estudos de performances feitos pela companhia para transformar em imagens o universo existente nos textos da atriz , que em sua maioria falam da cidade Brasília e da figura feminina.

Este estudo foi ensaido nas quadras do Plano Piloto em busca de intimidade com o concreto, com as janelas e com os passantes. O trabalho ainda em processo, são poesias vertidas em pequenas cenas de transição em uma linguagem mista de teatro e performance.
Não contaremos uma estória, contaremos passos pelas ruas da cidade.

FICHA TÉCNICA:


Concepção: Andaime Cia de Teatro
Direção: Tatiana Bittar e Márcio Menezes
Intérpretes: Ana Luiza Bellacosta, Kamala Ramers, Larissa Mauro, Márcio Menezes, Patrícia Del Rey e Tatiana Bittar
Músicos: Lucas Ferrari e Marília Carvalho
Vídeo Projeção: Hieronimus do Vale

Luz: Zizi Antunes
Direção de Arte: Roustang Carrilho
Design Gráfico: Maíra Zannon Ilha Design
Fotos: Diego Bresani
Assessoria de Imprensa: Bruno Mendonça
Produção: Andaime Cia de Teatro e Tainá Lacerda

quarta-feira, 30 de março de 2011

letras assumidas

Quatro anos. Essa é a idade do meu blog entreaberta. Um lugar que posso postar o que eu desejo. Colorir a vida do tom que eu quero. E criar fantasias verídicas. A minha forma egoísta de manipular a realidade e compartilhá-la com desconhecidos íntimos. Aqui, eu posso exibir os meus pedaços, e ainda conseguir seguidores. É o meu mundinho egoísta.  Meu pequeno monstro. Uma fresta. A minha fresta. Não é escancarada, a porta está entreaberta. Entra quem quer. Mas só aprecia a pessoa que entende de nuances. Quem se faz parte necessária. Aqueles que a encontram em madrugadas frias, que sentem a dor de sábado. Os viciados em poesias não engavetadas. Que gostam de produtos artesanais. Pra as pessoas que entendem o valor do efêmero. Um blog é frágil. Basta clicar no botão, e eu extermino todas as partes. Viro lembrança, página não encontrada. Eu apago a poeta que existia aqui. O entreaberta possibilita as minhas escolhas. Permite reajustes, reencontros. Agrega a minha covardia também. Assumir um livro é outro passo. É estar na prateleira, etiquetada, embalada pra presente. É se por à prova.  Tatuar letras sem possíveis mudanças. Imprimir uma parte de si. A parte que você escolheu. Marcar o tempo que passou. É ser palavra sem prazo de validade.  Tenho medo não puder mais mudar de opinião. De ter que assumir os erros e os acertos das minhas poesias. Eu tenho receio do meu olhar perante a pele marcada. Publicar um livro não é pra qualquer um, nem pra todos os escritores. Publicar um livro é ter coragem imbuída nas entranhas. É assumir um casamento até o fim. É aprovar os seus defeitos na frente do espelho. 

3 comentários:

  1. Em comemoração ao aniversário um vídeo de presente.

    http://www.youtube.com/watch?v=emDle5XFg_0

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  2. Amei o vídeo. Lindo, sensível e doloroso.
    Como a amplitude de Brasília...

    Um beijo

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